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ENEM 2017 Guia Completo e Atualizado

ENEM 2017 Guia Completo e Atualizado

O Que é o Enem?

Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é uma prova que avalia o desenvolvimento de alunos das escolas públicas e particulares concluintes do ensino médio. O teste é elaborado pelo Ministério da Educação, que espera com a aplicação, extrair resultados analisados pelo governo para melhorar as políticas públicas de educação.

As avaliações também geram notas individuais aos estudantes, que podem ser usadas para diversos fins de classificação educacional. Além de concluintes do ensino médio, qualquer pessoa interessada pode fazer o Enem. Independente de idade ou situação, egressos de anos anteriores e maiores de 18 anos que ainda não terminaram o ensino médio podem prestar a prova.

ENEM 2017:  GUIA RÁPIDO

Inscrições: Quando, onde e como fazer as inscrições

As inscrições estarão abertas entre os dias 08/05/2017 a 19/05/2017 e devem ser feitas exclusivamente pelo site http://enem.inep.gov.br. O candidato terá que informar no cadastro o número do RG e CPF, mesmo sendo menor de idade.

Além desses documentos, será preciso oferecer um número de celular e e-mail, o município onde fará a prova e a língua estrangeira (inglês ou espanhol) para o teste de linguagens.

Não se esqueça de ler o edital com atenção e guardar as senhas criadas, pois sempre serão requisitadas. Existe uma taxa para a realização do exame, que no ano passado foi de R$ 68,00 e pode ser paga em qualquer agência bancária, casas lotéricas ou agência dos correios.

Candidatos que não efetuarem o pagamento no prazo serão desclassificados. Quem está concluindo o ensino médio é isento de taxa, além de que interessados de baixa renda também podem solicitar a isenção.

Como é a prova?

O Enem acontecerá em dois dias:

Dia 1 – Domingo – 05/11/2017 (05h30 de duração): 90 questões divididas em Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias e uma redação referente a assuntos atuais.

Dia 2 – Domingo – 12/11/2017 (04h30 de duração):  90 questões de Linguagens e Matemática e suas Tecnologias.

Estima-se 3 minutos para resolver cada questão e uma hora para desenvolver o texto.

Datas e horários das provas do ENEM 2017

As provas serão aplicadas nos dias 05 e 12 de Novembro de 2017 sempre as 13h00, horário de Brasília. Os locais poderão ser consultados no site: http://enem.inep.gov.br.

Os estudantes inscritos também receberão em meados de outubro um cartão de confirmação da inscrição contendo locais.

O que pode levar e o que não pode levar no dia da prova

Os participantes devem levar caneta esferográfica de tinta preta com material transparente, o cartão de confirmação da inscrição, além de lápis e borracha macia. É fundamental não se esquecer de levar também um documento original com foto válido para reconhecimento.

Evite levar livros, aparelhos eletrônicos, acessórios como óculos escuros ou qualquer outro objeto que possa questionar a idoneidade em relação à prova.

Gabarito: Onde e quando retirar

Os gabaritos das provas objetivas são divulgados pelo INEP no site http://enem.inep.gov.br e no aplicativo do Enem até o terceiro dia útil após as provas serem realizadas.

Resultado (Nota da Prova): Quando e onde sai o resultado

Os candidatos também poderão acessar o resultado individual através de senha e CPF pelo mesmo portal a partir de 19 de janeiro de 2018.

Mas Afinal, Pra Que Serve o Enem?

Além de avaliar o aproveitamento do ensino médio, a prova serve como método de habilitação da maioria das instituições de ensino superior do país, para os milhares de estudantes que a prestam.

Com a nota obtida é possível entrar em universidades federais, conseguir bolsas parciais ou integrais em faculdades particulares, estudar fora do país, entre várias outras oportunidades proporcionadas.

O exame acontece uma vez por ano e agita a vida de vestibulandos, concluintes do ensino médio e egressos que decidiram se inscrever na avaliação. Porém, os bons resultados gerados com a dedicação, podem trazer benefícios e experiências permanentes à carreira como:

Entrar em Universidades Federais (SISU)

Cada universidade federal tem liberdade para escolher como vai usar a nota do Enem em seu processo seletivo. Entretanto, muitas delas optaram pelo Sistema de Seleção Unificado (SISU) como único método de classificação. Também existem aquelas que preferem juntar a nota do exame com a de seu próprio vestibular para chegarem a uma conclusão.

O SISU funciona exclusivamente através de um sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC), onde as instituições públicas oferecem vagas aos candidatos interessados que participaram do Enem.

Para concorrer a uma vaga é preciso estar atento ao período de inscrições, que ocorre duas vezes por ano. No início de cada semestre, sempre de forma gratuita e somente pelo site www.sisu.mec.gov.br.

O interessado deve ter em mãos, nesse momento, o número da inscrição e senha no Enem. Este poderá escolher até duas opções de cursos, que devido à nota de corte, conseguirá ser alterada durante as inscrições.

A nota do exame é valida para concorrer com pessoas e cursos de universidades federais de todo o Brasil, sendo cinco dias de concorrência. Onde ao término de cada dia, o candidato poderá monitorar sua nota em relação à nota de corte do curso pretendido, para confirmar se ainda está ou não dentro do número de vagas ofertadas por aquela instituição.

Nota de corte é a menor nota classificada para um curso, tomando como referência o número de vagas e o total de candidatos inscritos.

Em caso negativo, é aconselhável que ele procure outra opção alternativa ao curso desejado, seja pela instituição ou por características na profissão escolhida.

Como critério de classificação, algumas faculdades oferecem vagas reservadas e outras adotam bônus na nota do candidato. Por exemplo, determinado curso de medicina pode exigir nota maior ou igual a x para a inscrição. Ou ainda, um determinado curso de física pode dar mais peso à nota de Ciências da Natureza do que algum outro curso de física em outra universidade. Por isso é preciso saber exatamente quais a exigências da vaga pretendida para não perder oportunidades.

Passado o tempo das inscrições, os candidatos são selecionados, respeitando o número de vagas de acordo com cada modalidade estipulada.

Se o interessado foi classificado, ele deve se atentar ao período de matriculas, para ir até a instituição escolhida e efetuá-la. Se não, pode fazer parte de uma lista de espera, a fim de aguardar por vagas que possam surgir.

Como utilizo minha nota do Enem no SISU?

Cada universidade tem liberdade para escolher como vai usar a nota do Enem em seu processo seletivo. Entretanto, muitas delas optaram pelo SISU como único método de classificação. É preciso saber quais são as áreas mais valorizadas em pontuação no curso de interesse e se inscrever no portal, que automaticamente mostrará a nota obtida.

Entrar em Universidades Privadas com bolsas (PROUNI)

O programa Universidade Para Todos (PROUNI), é uma medida do governo federal que dá bolsas de estudo para estudantes de baixa renda em faculdades particulares. Para participar da seleção, o aluno precisa ao menos de 450 pontos de média na prova do Enem, além de não zerar na redação. Também ter renda familiar per capita de até três salários mínimos para bolsas de (50%) e 1 salário mínimo e meio para bolsas integrais.

Alguns outros requisitos são necessários para se enquadrar ao perfil de um bolsista do PROUNI.

  • Ter cursado todo o ensino médio em escola pública;
  • Ter cursado todo ou parte do ensino médio em escola privada com bolsa integral;
  • Ser portador de deficiência física;
  • Ser professor da rede pública de ensino básico e estar concorrendo a cursos de pedagogia, normal, superior ou licenciaturas, (nesse caso, a renda familiar não é levada em consideração);

Se uma das situações acima se encaixa a realidade do estudante, então a partir disso, ele dependerá única e exclusivamente da sua nota obtida no Enem e das vagas ofertadas pelas instituições privadas.

Criado em 2004, esse programa do MEC oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em universidades particulares nos cursos de graduação e sequenciais de formação específica para brasileiros que ainda não possuem formação superior.

As inscrições do PROUNI acontecem numa única fase, gratuita e exclusivamente pela internet no site http://siteprouni.mec.gov.br. Para concluir o cadastro, o interessado deverá informar o número de inscrição e senha usadas no Enem. O candidato poderá escolher até duas opções de cursos de acordo com sua preferência e disponibilidade de bolsas.

O interessado que se autodeclarar indígena, preto ou pardo poderá concorrer às bolsas destinadas a política de cotas. Durante o período de inscrições, o candidato também poderá alterar as opções de cursos dependendo da nota de corte, valendo a opção que estiver no encerramento das inscrições.

Ao fim do prazo, os estudantes são pré-selecionados em apenas uma das opções de curso escolhidas, de acordo com a ordem e o limite das bolsas disponíveis. Os agraciados deverão comparecer as instituições privadas no período de comprovação dos documentos para apresentá-los. Se estiver tudo certo como declarado, ele poderá efetuar a matricula.

Há uma lista de espera, onde o candidato poderá aguardar pelas vagas remanescentes das duas chamadas que não foram preenchidas por desistentes, ou interessados que não conseguiram comprovar as informações prestadas na inscrição.

O candidato a bolsas do PROUNI não precisa fazer vestibular nem estar matriculado na faculdade escolhida, porém as instituições não estão proibidas de aplicar um processo seletivo aos pré-selecionados de forma gratuita. Essa informação será dada no momento da inscrição.

Candidatos ao PROUNI também poderão se inscrever no SISU e outros programas do governo, desde que atendam aos requisitos de participação. Alunos que não puderem pagar os outros 50% restantes da bolsa, deverão se inscrever no FIES sem a obrigação de fiador na contratação do financiamento.

Como utilizo minha nota Enem no Prouni?

Para utilizar a nota do Enem no Prouni, o candidato precisa ter tirado ao menos 450 pontos de média na prova, além de não zerar na redação. Ele deve efetuar a inscrição no portal, escolhendo até 2 opções de cursos.

Participar do FIES

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) funciona como um empréstimo do governo para o estudante que quer estudar ou já estuda em uma universidade privada, mas não consegue pagar a mensalidade naquele momento. Geralmente, os participantes desse programa terminam a faculdade com bolsa, e depois de 18 meses de formados, começam a pagar de volta para o governo com juros abaixo ao valor se tivessem feito um empréstimo normal. Desde 2010 é necessário ter prestado o Enem como requisito para solicitar o FIES.

O FIES é mais um programa do MEC que visa financiar a graduação em faculdades particulares. Estudantes com avaliação positiva em seus processos podem solicitar o financiamento. Além de ter uma renda mensal per capita de até três salários mínimos, ter participado de alguma prova do Enem até 2010 com nota média a partir de 450 pontos e nota de redação superior à zero.

Em 2010, algumas mudanças estipularam que o FIES passasse sua taxa de juros para 3,4% a.a. com período de carência de 18 meses e tempo de amortização de 3 vezes a duração do curso, acrescentado mais 12 meses. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o Agente Operador do Programa e as inscrições podem ser feitas continuadamente em qualquer período do ano. Desde o segundo semestre de 2015, os contratos gerados passaram a ter juros de 6,5% a.a. e o valor de até R$ 150,00 pagos a cada 3 meses durante o curso e o período de carência, referentes aos juros incidentes sobre o financiamento.

Para se inscrever é preciso acessar o sistema de seleção do FIES http://fiesselecao.mec.gov.br, gratuito e exclusivo, preencher as informações do cadastro e automaticamente, através do CPF, o sistema verificará se o estudante participou de alguma edição do Enem de agora até 2010.

Confirmada a participação no exame e as notas mínimas para concorrência, o candidato deverá fornecer uma senha e e-mail para validação e acesso ao painel. Concluída a etapa de cadastro, o interessado deverá entrar no portal através da senha para cadastrar outras informações suas e de familiares com idade igual ou superior a 14 anos. Para concluir, o estudante deverá selecionar o curso para o qual solicita bolsa.

O candidato pode solicitar bolsa para qualquer curso, em qualquer instituição, não sendo necessário estar matriculado para isso. Porém, ele pode optar apenas por um curso.

Estudantes já beneficiados pelo FIES ou inadimplentes com o Programa de Crédito Educativo (PCE-Creduc) não podem participar do processo seletivo. A opção escolhida pode ser alterada até o encerramento das inscrições. A classificação de cada candidato será controlada pela nota de corte, de acordo com as vagas apresentadas, pelas notas de alunos que não tenham concluído o ensino superior.

Como nos outros processos, o interessado deverá monitorar sua inscrição, ficando válida a última opção inscrita.

Passado o período de inscrições, o aluno é pré-selecionado, sendo que os que obtêm resposta negativa vão automaticamente para uma lista de espera, onde deverão aguardar por bolsas disponíveis.

Os pré-selecionados deverão confirmar sua inscrição no SisFies e proceder entre a instituição e o banco os trâmites necessários para contratação do financiamento.

Como utilizo minha nota do Enem para participar do FIES?

No Fies, o estudante deverá ter ao menos 450 pontos de média e não ter zerado na redação. Ele deverá fazer um cadastro no site, a fim de ser pré-selecionado para uma bolsa.

Entrar em um Curso Técnico (SISUTEC)

O Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (SISUTEC) funciona do mesmo modo que o SISU, com o diferencial que é destinado a quem concluiu o ensino médio e quer ingressar em um curso técnico em escolas federais, municipais e estaduais.

O SISUTEC também é um sistema informatizado do MEC http://sisutec.mec.gov.br, por onde as instituições públicas e particulares de ensino superior e tecnológico ofertam vagas gratuitas em cursos técnicos, para candidatos participantes no Enem. O processo seletivo ocorre duas vezes ao ano. No início de cada semestre, de forma gratuita, em etapa única feita pela internet.

Ao fazer a inscrição, o interessado deverá escolher, por ordem de preferência, até duas opções de vagas oferecidas. O candidato também deverá optar pela ampla concorrência ou pelo sistema de cotas.

Durante a inscrição, o estudante poderá alterar suas opções, sendo que estará válida a opção inscrita no encerramento.

Após o período de inscrições, o sistema seleciona os candidatos mais bem classificados de cada curso, de acordo com as notas do Enem. Eles serão selecionados exclusivamente em um único curso. Se houver possibilidade de nota para as duas opções, valerá à primeira.

Serão feitas duas chamadas, onde em cada chamada os candidatos terão um prazo para efetivar a matricula, confirmando sua escolha pela vaga.

Estudar em Portugal (Universidade de Coimbra)

Desde 2014, a Universidade de Coimbra, em Portugal passou a aceitar as notas do Enem para classificar em seus cursos de graduação. São aceitas notas do exame a partir de 2012, porém a mensalidade é cobrada em Euros.

Além de Coimbra, outras 18 instituições portuguesas adotaram o Enem como critério de seleção. Após alterações na legislação portuguesa, que permitiram as universidades a adotar classificações para estrangeiros, várias instituições firmaram acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Para concorrer a uma vaga nas universidades portuguesas, o candidato não deve pertencer a nenhum local da União Europeia, nem morar legalmente há mais de dois anos de forma ininterrupta em Portugal.

A maioria das instituições oferece três prazos de inscrições, também chamados de candidatura. A nota mínima exigida varia de universidade, assim como os gastos com mensalidades, hospedagem e alimentação.

Em Coimbra, considerada a mais antiga do país, e primeira a aceitar as notas do exame, os estudantes devem comprovar que concluíram o ensino médio e apresentar nota mínima de 600 pontos, além de outras pontuações exigidas em cada curso específico.

A faculdade oferece três prazos de candidatura apenas no primeiro semestre. São mais de 500 vagas para 35 opções de curso de licenciatura em praticamente todas as áreas, exceto medicina, muito procurada pelos portugueses e por isso, restrita a eles. Lembrando que, em Portugal licenciatura serve para nomear cursos superiores de forma geral, não apenas os cursos de magistério como acontece no Brasil.

A taxa de candidatura é 50 euros e a mensalidade 700. Alguns cursos podem cobrar ainda 45 euros pelo teste de aptidão física e desportiva e 40 euros com exame médico. Também, no início do ano letivo, os alunos são submetidos a uma taxa de inscrição de 20 euros. Outras despesas com alojamento, material escolar, transporte, alimentação, etc. podem chegar a 500 euros por mês, segundo a universidade.

As outras universidades portuguesas que aceitam o Enem em seus processos seletivos são Algarve, Instituto Politécnico de Leiria, Beja, Porto, Portalegre, Cávado e do Ave, Coimbra, Aveiro, de Guarda, Universidade de Lisboa, do Porto, da Madeira, de Viseu, de Santarém, dos Açores, da Beira Interior, do Minho.

Participar do Ciências sem Fronteiras

Esse é um projeto do governo federal que promove a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia através do intercâmbio e mobilização fora do país. São oferecidas bolsas em instituições estrangeiras muito conceituadas para alunos de engenharia, tecnologia, biologia e meio ambiente, prioritariamente. Para concorrer a uma bolsa é preciso ter feito no mínimo 650 pontos na prova do Enem.

Criado em 2011, o Ciências sem Fronteiras passará por reformulação, onde atenderá estudantes de pós-graduação de todos os cursos, inclusive humanas, desde que sejam envolvidas universidades de renome.

Também pesquisa-se a possibilidade dos melhores alunos do ensino médio fazerem cursos de línguas de pequena duração, durante as férias no exterior. Bolsas de mestrado poderão ser requisitadas nessa nova fase do programa, que ainda não tem data nem número de bolsas indicadas. Sabe-se apenas que será ainda este ano. É recomendado aos interessados que fiquem de olho nas próximas notícias sobre inscrições e beneficiados.

Estudantes de graduação, os mais privilegiados até agora com o programa, foram excluídos do novo formato. Mais de 92 mil bolsas foram concedidas desde 2011, cujo aproximadamente 79% foram destinados para alunos de graduação.

Obter certificado de conclusão do ensino médio

Desde 2009 o Enem emite Certificado de Conclusão do Ensino Médio, para isso é preciso expressar na inscrição o desejo de obter o certificado e indicar uma instituição certificadora. Completar 18 anos até o dia do exame, além de obter 450 pontos em cada uma das quatro áreas de conhecimento e 500 pontos na redação, no mínimo.

Até 2008 o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) era o responsável por certificar adultos que buscavam um diploma de conclusão do ensino médio, porém essa função ficou com o Enem, deixando o Encceja apenas com o ensino fundamental.

Para obter o certificado, o interessado deverá mostrar resultados do último Enem acontecido. Os candidatos devem se atentar aos prazos e requisitos de cada instituição certificadora. Com o diploma expedido, é possível concorrer a uma vaga no SISU.

O certificado é emitido de 45 a 90 dias úteis. Nesse período, o estudante ficará com um documento provisório que permitirá a inscrição na faculdade.

Caso o participante não alcance nota mínima em todas as provas, não poderá solicitar o certificado. Porém, poderá pedir a declaração de proficiência específica de determinada área. Assim, na próxima tentativa, não precisará de nota nas áreas em que já conseguiu.

É muito importante procurar uma instituição certificadora tanto para conseguir as declarações quanto o certificado, pois sem ela não há garantia quanto aos certificados.

O que estudar? Quais matérias devo estudar e quais são mais importantes?

Estudar para o Enem pode ser algo complicado se não houver preparação. Por isso, é recomendado montar um cronograma com as matérias, adequando sua rotina de vida aos pontos fortes e fracos do conteúdo.

Obviamente, a prova cobra matérias do ensino fundamental e médio, porém em 2009 o exame passou por reformulações e dividiu suas aplicações por áreas de conhecimento.

  • Ciências da Natureza (Biologia, Química e Física);
  • Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia);
  • Linguagens (Português, Literatura, Língua Estrangeira, Artes e Educação Física);
  • Matemática e Redação;

Sendo que as questões podem ser interdisciplinares e abordar mais de uma habilidade, como biologia e física, por exemplo. O número de questões também aumentou de 63 em um dia para 180 em dois dias, 45 em cada área.

Entretanto, em 2017 não será necessário rever todo o ensino médio para se preparar, pois nem todos caem na prova, sendo que apenas alguns são mais frequentes e importantes. Observe o conteúdo e tente, a partir dele, traçar um cronograma.

Ciências Humanas

História do Brasil

– Brasil Colônia

– Escravidão

– Brasil República

– Era Populista

– Era Vargas

– Ditadura Militar

História Geral

– Liberalismo

– Revolução Industrial

– Primeira Guerra Mundial

– Segunda Guerra Mundial

– Nazismo/Fascismo

– Guerra Fria

Geografia

– Agricultura (Principalmente do Brasil)

– Desenvolvimento Social

– Contrastes Sociais

– Impactos no Meio Ambiente

– Geopolítica Mundial

– Planos Econômicos

– Blocos Econômicos

– Migrações

Filosofia/Sociologia

– Política, Ética e Moral (Pensadores da Grécia Antiga).

– Iluminismo

– Existencialismo

– Contratualismo

– Fé x Razão (Santo Agostinho e São Tomás de Aquino)

– Movimentos Sociais

– Relações de Trabalho

– Marxismo

– Cultura de Massa

Ciências da Natureza

Biologia

– Ecologia e Sustentabilidade

– Aprimoramento Genético

– Genética

– Citologia

– Evolução

– Fisiologia Humana

Química

– Estequiometria

– Termoquímica

– Radioatividade

– Funções Orgânicas

– Ciclos do Carbono e Oxigênio

– Neutralidade

– Oxidação

– Equilíbrio Químico

– pH

– Soluções

Física

– Mecânica

– Eletricidade

– Energia

– Ondas

– Óptica

– Acústica

– Termofísica

Linguagens

Português

– Gêneros Textuais

– Norma Culta x Coloquial

– Gramática x Linguística

– Semântica

– Funções da Linguagem

Literatura

– Quinhentismo

– Barroco

– Realismo/Naturalismo

– Modernismo

– Poesias Concretas

– Literatura Contemporânea

– Figuras de Linguagem

Artes & Educação Física

– Renascentismo

– Cubismo

– Surrealismo

– Grafite

– Música

– Esportes

– Artes Marciais

Matemática

– Matemática Básica (Regra de três, proporção, etc.).

– Probabilidade

– Estatística

– Análise Combinatória

– Função do 1° Grau

– Função do 2° Grau

– Geometria Plana

– Geometria Espacial

– Trigonometria

– Álgebra

– Progressões Geométricas (PA e PG)

– Análise de Gráficos e Tabelas

Resolver as questões anteriores e fazer simulados é de suma importância para aprender os macetes que o exame traz.

Apostilas para o Enem

Curso Hora do Enem – Como funciona?

O Hora do Enem é um projeto criado pelo MEC com o objetivo de auxiliar os estudantes que vão fazer a prova. Ele consiste em uma plataforma onde é possível obter informações, dicas e conteúdos atualizados sobre o exame. Através do site http://tvescola.mec.gov.br/tve/serie/hora-do-enem o aluno pode conferir:

  • Boletim diário de notícias sobre o Enem;
  • Programa de TV;
  • Vídeo resoluções de questões dos anos anteriores;
  • Vídeo aulas de conteúdos cobrados no exame;
  • Plataforma de estudos personalizada com exercícios e simulados;

 

Os boletins têm princípio informativo e duração de 2 minutos, enquanto que os programas de TV duram 30 minutos e tem exibição diária de segunda a sexta-feira. No canal aberto digital é possível sintonizar em Brasília pelo canal 2.3, São Paulo pelo canal 3.3 e Rio de Janeiro pelo canal 2.3.

Curso Online Enem

Como estudar? Confira 7 super dicas para garantir uma boa nota na prova

1 – Leia o Edital

É muito importante ler o edital, pois ele funciona como uma receita. Um passo a passo de onde o estudante obterá todas as informações sobre proceder em cada fase do processo. Desde as inscrições, até o resultado, o edital poderá auxiliá-lo para facilitar o entendimento e execução de datas, horários, documentos, etc.

2 – Solucione Provas Anteriores

Como dito antes, resolver exames anteriores ajuda na preparação, pois através dos exercícios apresentados é possível criar familiaridade e métodos de resolução que seriam impossíveis de se conseguir apenas durante a prova. Facilitando a vida do estudante com macetes e dicas próprias.

3 – Faça Simulados

Também comentado anteriormente, os simulados são uma ótima opção de ensaio para o dia do exame. Eles estão aos montes na internet, ágeis, com vários formatos e respostas ao alcance. Informando ao aluno aonde pode melhorar, além de dicas de estudo e aperfeiçoamento.

4 – Esteja Atento

Uma dica muito útil é ficar atento as matérias jornalísticas da TV, internet e revistas, pois o exame costuma abusar de eventos atuais para formular questões com objetivo de reflexão do assuntos. Outro motivo é a instabilidade pela qual passa tudo relacionado ao governo e com o Enem não é diferente, visto os dilemas acontecidos em provas passadas.

5 – Se Planeje

Planejamento é fundamental quando trata-se de uma decisão tão permanente e cheia de caminhos quanto é a escolha da profissão. Por isso, é prioritário ter foco para escolher previamente com sabedoria algumas instituições e cursos de preferência para traçar um rumo a ser seguido no exame em relação a notas e áreas de conhecimento.

6 – Leia

Ler é a chave para conseguir um bom resultado, não apenas nesta, mas em qualquer outra prova. Pela leitura é possível assimilar informações que pareciam obsoletas e se tornam necessárias. Também funciona como um treinamento para as questões, que costumam ser grandes e contem várias referências.

7 – Pratique a Redação

Treinando a redação estará por consequência treinando também a leitura. Além do poder de argumentação e descrição de determinado assunto, fazendo de maneira breve, clara e informativa. Lembrando que os temas podem ser os mais variados possíveis, assim abrir-se para muitos nichos é um ótimo conselho.

Redação: Como funciona e como fazer uma boa redação

Uma redação no Enem é avaliada de acordo com cinco competências.

  1. Compreensão da proposta;
  2. Domínio da norma padrão da língua escrita;
  3. Seleção, organização e interpretação de informações;
  4. Construção da argumentação;
  5. Elaboração de proposta de solução para o problema abordado;

 

Para alcançar boas notas em todos esses quesitos é recomendado que o estudante não deixe a redação por último. Pois terá que entender o tema, além de fazer um esboço e passar a redação a limpo. Uma jornada e tanto para quem respondeu 90 questões, mais um gabarito. O tempo será outro empecilho atrapalhando pensamentos coerentes e argumentos plausíveis.

Como dito antes, mantenha-se atualizado em relação a tudo o que é notícia no Brasil e no mundo, além de respeitar o formato dissertativo-argumentativo da redação.

Divida o texto entre introdução, desenvolvimento e conclusão, respeitando as competências avaliadas sem fugir do tema proposto. E ao final, revise a redação se atentando para possíveis erros de coesão, falta de argumentos, erros de concordância, pontuação, palavras erradas e rasuras.

Parece difícil, mas só assim obterá uma boa nota na redação. Apesar de tudo isso, o principal segredo é treinar antes e conhecer sobre aquilo que está falando para que as palavras saiam fluidas, concisas e assertivas.

 

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Nova Ortografia – Guia Prático Completo e Descomplicado

Nova Ortografia – Guia Prático Completo e Descomplicado

A nova ortografia já está em vigor oficialmente desde 2009 e vem sendo muito cobrada em provas de concursos pois muitos candidatos ainda encontram muitas dúvidas sobre as novas regras da língua portuguesa.

Confira nesse Guia Completo tudo sobre a nova ortografia!

Nesse guia você vai aprender:

  • – O que é a reforma ortográfica
  • – O que mudou com a nova ortografia
  • – Relembrando as regras gerais
    • – Palavras monossílabas tônicas
    • – Palavras paroxítonas
    • – Palavras oxítonas
    • – Palavras proparoxítonas
  • – Novas regras
    • – Acentuação
    • – Hífen
    • – Trema
    • – Alfabeto
  • – Testes para fixação

Confira:

 

Nova Ortografia

Versão texto na íntegra: 

 

Qual a finalidade da nova ortografia?

A Nova Reforma Ortográfica da Língua portuguesa, como todas as outras que já aconteceram, tem como objetivo uniformizar a grafia, fazendo a maior aproximação possível, respeitando as diferenças já interiorizadas e permitindo que a modalidade escrita da língua seja compreensível a todos os falantes dessa língua.

Este acordo é o resultado do estudo das diferenças entre os acordos de 1943, no Brasil, e de 1945, em Portugal. Entrou em vigor no Brasil em 2009, com um período de adaptação até 2012.

Qual o último acordo ortográfico da língua portuguesa?

O último acordo ortográfico entre países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa foi assinado em 16 de dezembro de 1990. Este acordo estabeleceu uma grafia única para a Língua Portuguesa que, até então, era a única língua que apresentava duas grafias oficiais: a portuguesa e a brasileira.

O que mudou com a nova ortografia para os brasileiros?

O novo acordo traz algumas mudanças que exigem que aprendamos novas regras; que sejam adaptados documentos e publicações. Dúvidas em relação a forma como escrevíamos antes e como escreveremos agora também surgirão, mas teremos uma maior facilidade já que algumas regras foram simplificadas.

 

VAMOS AS REGRAS

REGRAS GERAIS:

Na regra geral não houve alterações, as regras continuam as mesmas com pequenas observações.

– Para uma melhor assimilação das novas regras de acentuação, é necessário saber que, em língua portuguesa, uma palavra é classificada de acordo com o número de sílabas em: monossílaba (uma só sílaba), dissílaba (duas sílabas), trissílaba (três sílabas), polissílaba (quatro ou mais sílabas). Também pode ser classificada de acordo com a posição da sílaba tônica (silaba pronunciada com maior intensidade) em: oxítona (sílaba tônica é a última sílaba da palavra); paroxítona (a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra); e proparoxítona (sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra.

– Saiba também que: ditongo é o encontro de duas vogais na mesma sílaba.

– Ditongo fechado é pronunciado com a boca mais fechada (cadeira, bois) e ditongo aberto é pronunciado com a boca mais aberta (papéis, herói, colmeia, ideia).

– Hiato é o encontro de dois sons vocálicos, cada um em uma sílaba (ca-o-lho, Ra-ul, sa-í-da)

– Preste atenção : Acentue as paroxítonas sem memorizar! Aplique invertidamente  a regra das oxítonas!

Veja a regra :  Oxítona – Terminada em –n não tem acento; então, Paroxítona terminada em –n precisa ter: hífen, pólen, éden, próton, nêutron, íon.

Oxítona terminada em –a(s) é acentuada; então, paroxítona terminada em a(s) não é acentuada.

Observação: O critério da inversão (oxítona             paroxítona ) só não é válido para as paroxítonas terminadas em –am (falam) e para as terminadas em ditongo (+ s) (farmácia).

 

Palavras monossílabas tônicas:

Dependem da intensidade com que são pronunciadas, átonas (sílaba pronunciada mais fraca) ou tônicas (sílaba pronunciada mais forte). Não houve nenhuma alteração na acentuação gráfica das monossílabas tônicas.

Regra Geral: Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em: a (s), e (s), o (s).

Ex.: chá, fé, rés, dó, gás, lê-lo, nós, pô-lo.

Obs.: As monossílabas átonas nunca são acentuadas.

Ex.: vi, bis, li-os, tu, cru, nus.

Observe: – palavras monossílabas terminadas em i (s) e u (s) não recebem acento.

Ex.: si, quis, bis, cru, pus.

– Os ditongos fechados ei (s), eu (s) e oi (s), em monossílabos não são acentuados.

Ex.: sei, reis, deu, meus, foi, bois.

 

Palavras oxítonas:

Não houve nenhuma alteração na acentuação das palavras oxítonas.

Regra Geral: Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em: a (s), e (s), o (s), em/ens.

Ex.:  Sabará, ananás, Guaporé, convés, bisavô, retrós, Belém, armazéns, parabéns, voltará, busca-pés, robô, manténs.

Observe:  oxítonas terminadas em i (s) e u (s) não recebem acento:

Ex.: tupi, lambari, abacaxis, Pacaembu, urubus.

 

Palavras paroxítonas:

Sofreu algumas alterações que aparecerão nas regras complementares.

Regra Geral: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: l, n, r, ã (s), i (s), u (s), x, ão (s), um/uns, ditongos orais (+ s).

Ex.: Louvável, lavável, câncer, ônix, vácuo, pôneis, águas, bíceps, falência, cônsul, júri, tênis, hífen, tênis, nêutron, húmus, bônus, repórter, Vítor, tórax, fórceps, sótão, bênçãos, órfã, ímãs, álbum, fóruns, farmácia, frágeis, área, tréguas, comício, cáries.

Observe:  paroxítonas terminadas em –n antecedido de e (hífen, pólen, éden) não recebem acento no plural (hifens, polens, edens), mas paroxítonas terminada em –n antecedido de o (próton, nêutron, íon), recebem acento no plural (prótons, nêutrons, íons).

 

Palavras proparoxítonas:

Não houve alteração na regra das palavras proparoxítonas.

Regra Geral:  acentuam-se todas as palavras proparoxítonas independentemente de suas terminações.

Ex.: Transatlântico, técnico, quadrúpede, câmara, tílburi, interim, relêssemos, lógico, autêntico, cibernético, desânimo, pirâmide.

 

AS REGRAS DA NOVA ORTOGRAFIA

Abaixo colocamos as novas regras, seguidas de um exemplo (como era antes) e um exemplo (como ficou) onde houve alterações. A reforma se deu na acentuação, nas palavras paroxítonas, no uso do hífen (-), no uso do trema (¨) e no alfabeto.

 

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

 

REGRAS COMPLEMENTARES:

Nas regras complementares estão as modificações ocorridas em algumas palavras da Língua Portuguesa:

 

Acentuação dos ditongos abertos éi, ói, éu

Dependendo da palavra em que ocorrem, podem ser ou não acentuados.

Regra complementar: Os ditongos abertos éi, ói e éu. São acentuados em monossílabos e em oxítonas.

Não são acentuados em paroxítonas.

Ex.: monossílabos – Ex.: méis, réis, dói, róis, céu, véus.  (Não houve alteração)

Oxítonas – Ex.: anéis, cordéis, corrói, lençóis, chapéus, escarcéu. (Não houve alteração)

Paroxítonas – Ex.: (antes) idéia, platéia, heróico, jibóia.

(como ficou) ideia, plateia, heroico, jiboia.

Observe:  O Acordo Ortográfico de 1990 eliminou o acento dos ditongos abertos ei e oi somente das palavras paroxítonas.

 

Verbos ter e vir

Regra complementar: acentua-se o e das formas verbais têm e vêm, indicativas de plural.

Ex.:  Ele tem (singular) / Eles têm (plural)

Ele vem (singular) / Eles vêm (plural)

 

Observe: Nos derivados de ter (manter, conter,

deter, etc.) e de vir (intervir, convir, provir etc.):

– A terceira (3ª) pessoa do singular passa a receber assunto agudo- pela regra das oxítonas terminadas em em.

– A terceira (3ª) pessoa do plural preserva o acento circunflexo das formas originais têm e vêm.

Ex.: Ele mantém – Eles mantêm

Ele contém – Eles contêm

Ele detém – Eles detêm

Ele intervém – Eles intervêm

Ele convém – Eles convêm

Ele provém – Eles provêm

 

Regra do hiato:

Foi abolida pelo novo acordo ortográfico.

Antes: Todas as palavras terminadas em OO (s)  e as formas verbais terminadas em EEM recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, lêem, vêem, relêem, prevêem.

como ficou: Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem.

Escreva agora :

Ex.: Eu te perdoo, disse ele.

Não muda:

I e u na segunda vogal do hiato

 

Regra complementar:  nos hiatos, o i e o u são acentuados desde que:

. Representem a 2ª vogal do hiato.

. Apareçam sozinhos (ou seguidos de s) na  sílaba tônica.

. Não estejam seguidos de nh.

Ex.: i e u sozinhas: raízes, Itajaí, miúdos, Tambaú

I e u com s: país, egoísta, balaústre, jaús

I e u seguidos de nh: sainha, campainha, rainha, ladainha.

 

Observe:

Se o i e o u aparecem depois do ditongo:

– Em palavras paroxítonas, não são acentuadas.

Ex.: (antes) boiúna , feiúra, baiúca, feiúra

(como ficou) boiuna, feiura, baiuca, feiume.

 

Nas palavras em que i ou o u se repetem no hiato, essas vogais não recebem acento.

Ex.: xiita, sucuuba (árvore).

Escreva : O miliciano xiita Abu Azrael, cujo nome significa “Pai do Anjo da Morte”, se converteu para milhares de iraquianos no herói sem medo que simboliza o combate ao grupo Estado Islâmico .

 

Acento diferencial

 

Esse acento foi eliminado de quase todos os vocábulos e, atualmente, é empregado para diferencia pouquíssimas palavras.

Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla (s) /pela (s), pêlo (s) /pelo (s), pólo (s) /polo (s) e pêra/pera.

Ex.: (antes) – Ele pára o carro.

(como ficou) – Ele para o carro.

(antes) – Ele foi ao pólo Norte.

(como ficou ) – Ele foi ao polo Norte.

(antes) – Comi uma pêra.

(como ficou) – Comi uma pera.

 

Acento diferencial obrigatório: recebem acento diferencial obrigatório somente as palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder).

Escreva sempre :

Ex.:  Ela não pretende pôr o dinheiro na poupança. (forma verbal – “colocar”)

Hoje, passamos por lugares bonitos. (preposição)

 

Acento diferencial opcional: o acento diferencial é opcional somente nas palavras dêmos/demos (1ª pessoa do verbo dar do presente do subjuntivo) e fôrma/forma (=recipiente/molde).

Podemos escrever :

Ex.: Você exige que nós dêmos apoio a você.

(ou)     Você exige que nós demos apoio a você.

 

O cozinheiro tirou o bolo da fôrma

(ou)     O cozinheiro tirou o bolo da forma.

 

Emprego do trema (¨)

O trema desaparece em todas as palavras.

Ex.: (antes) – frequente, linguiça, sequestro.

(como ficou) – frequente, linguiça, sequestro.

Escrevemos agora :

Ex.: Estou tranquilo para fazer a prova.

 

Emprego do hífen (-):

O hífen, pelo novo Acordo ortográfico, foi eliminado em alguns casos:

1-Se o segundo elemento começar com s ou r, devendo as consoantes serem duplicadas:

Ex.: (antes) –  anti-semita, anti-religioso,

contra-regra.

(como ficou) –  antissemita, antirreligioso, contrarregra.

Escreva agora: CARTUNISTA FOI DEMITIDO DE

CHARLIE POR PIADA ‘ANTISSEMITA’

 

Observe:  em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

 

2-Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente:

Ex.: (antes) – extra-escolar, aero-espacial,

auto- estrada.

(como ficou) – extraescolar, aeroespacial, autoestrada.

 

Observe 1:  em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

Observe 2:  – esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.

-Esta regra não se encaixa quando a palavra

seguinte iniciar por ‘h’: anti-herói, anti-

-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

 

O ALFABETO

Nosso alfabeto, antes com 23 letras, passa agora a ter 26 letras, pois as letras “k”, “w”, “y”, foram inseridas.  Antes, essas três letras não eram consideradas do nosso alfabeto. Observe:  Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano.

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Morfologia – Guia Prático Completo Para Concursos!

Morfologia – Guia Prático Completo Para Concursos!

O Que É Morfologia?

Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se refere à dez classes, que são: substantivos, artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios e numerais.

 

Classes Gramaticais ou Classes de Palavras

Uma Classe Gramatical ou Classe de Palavra é o nome dado ao grupo que classifica uma palavra de acordo com sua estrutura sintática e morfológica. Veja quais são:

 

SUBSTANTIVOS

É a palavra que dá nome aos objetos, aos lugares, às ações, aos seres em geral, entre outros e varia em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).

Quanto à formação, o substantivo pode ser:

Primitivo – é o nome que não deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casa, pedra e jornal.

Derivado – é o nome que deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casarão, pedreira e jornaleiro (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente).

Simples – é o nome formado por apenas um radical. Radical é o elemento que é a base do significado das palavras. Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais são respetivamente: cas, flor e gir.

Composto – é o nome formado por mais do que um radical. Exemplos: couve-flor, girassol e passatempo, cujos radicais são respetivamente: couv e flor, gir e sol e pass e temp.

Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo pode ser:

Comum – é a palavra que dá nome aos elementos da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cidade, pessoa e rio.

Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos de forma específica, por isso, são sempre grafados com letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê.

Concreto – é a palavra que dá nome aos elementos concretos, de existência real ou imaginária. Exemplos: casa, fada e pessoa.

Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo (conjunto de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e resma (conjunto de papéis).

Abstrato – é a palavra que dá nome a ações, estados, qualidades e sentimentos. Exemplos: trabalho, alegria, altura e amor.

 

ARTIGOS

É a palavra que antecede os substantivos e varia em gênero e número, bem como o determina (artigo definido) ou o generaliza (artigo indefinido).

São artigos definidos: o, a (no singular) e os, as (no plural)

São artigos indefinidos: um, uma (no singular) e uns, umas (no plural)

 

ADJETIVOS

É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos e varia em gênero, número e grau.

Quanto à formação, o adjetivo pode ser:

Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.

Derivado – é o adjetivo que deriva de substantivos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e escritor (palavra derivada do verbo escrever).

Simples – é o adjetivo formado por apenas um radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos radicais são respetivamente: alt, estud e honest.

Composto – é o adjetivo formado por mais do que um radical. Exemplos: superinteressante, surdo-mudo e verde-claro, cujos radicais são respetivamente: super e interessant, surd e mud e verd e clar.

Há também os Adjetivos Pátrios, que caracterizam os substantivos de acordo com o seu local de origem e as Locuções Adjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de adjetivo.

Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca e sergipano.

Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angelical), de mãe (=maternal) e de face (=facial).

 

NUMERAL

É a palavra que indica a posição ou o número de elementos.

Os numerais classificam-se em:

Cardinais – é a forma básica dos números, utilizada na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte.

Ordinais – é a forma dos números que indica a posição de um elemento numa série. Exemplos: segundo, quarto e trigésimo.

Fracionários – é a forma dos números que indica a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e um terço.

Coletivos – é a forma dos números que indica um conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjunto de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (conjunto de cem).

Multiplicativos – é a forma dos números que indica multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo.

 

PRONOME

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso e varia em gênero, número e pessoa.

Os pronomes classificam-se em:

Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da oração): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo (quando são complemento da oração): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.

Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e Vossa Excelência.

Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e respetivas flexões.

Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas flexões, isto, isso, aquilo.

Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e respetivas flexões, quem, que, onde.

Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

Interrogativos – qual, quais, quanto, quanta, quantas, quem, que.

 

VERBO

É a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).

Exemplos:

  • O time adversário marcou gol. (ação)
  • Estou tão feliz hoje! (estado)
  • De repente ficou triste (mudança de estado)
  • Trovejava sem parar. (fenômeno da natureza)

 

ADVÉRBIO

É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros.

Os advérbios classificam-se em:

Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte das palavras terminadas em “-mente”.

Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão.

Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora.

Tempo – Exemplos: ainda, já e sempre.

Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco.

Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim.

Dúvida – acaso, quiçá e talvez.

 

PREPOSIÇÃO

É a palavra que liga dois elementos da oração.

As preposições classificam-se em:

Essenciais – têm somente função de preposição. Exemplos: a, desde e para.

Acidentais – não têm propriamente a função de preposição, mas podem funcionar como tal. Exemplos: como, durante e exceto.

Há também as Locuções Prepositivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de preposição. Exemplos: apesar de, em vez de e junto de.

 

CONJUNÇÃO

É a palavra que liga duas orações.

As conjunções classificam-se em:

COORDENATIVAS: Aditivas (e, nem), Adversativas (contudo, mas),Alternativas (ou…ou, seja…seja), Conclusivas (logo, portanto) e Explicativas(assim, porquanto).

SUBORDINATIVAS: Integrantes (que, se), Causais (porque, como), Comparativas (que, como), Concessivas (embora, posto que), Condicionais (caso, salvo se), Conformativas (como, segundo), Consecutivas (que, de maneira que), Temporais (antes que, logo que), Finais (a fim de que, para que) eProporcionais (ao passo que, quanto mais).

Há também as Locuções Conjuntivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: contanto que, logo que e visto que.

 

INTERJEIÇÃO

É a palavra que exprime emoções e sentimentos.

As interjeições podem ser classificadas em:

Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!
Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
Alegria – Eba!, Uhu! Viva!
Tristeza – Oh!, Que pena!, Ui!
Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus!
Alívio – Arre!, Uf!, Ufa!
Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso!
Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!,
Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo!
Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
Dúvida – Hã?, Hum?, Ué!
Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!,
Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria!

Há também as Locuções Interjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui!

 

 

A ANÁLISE MORFOLÓGICA

As palavras da língua portuguesa podem ser analisadas/classificadas de duas formas :

  • Separadamente, palavra por palavra, mesmo fazendo parte de uma oração.
  • De acordo com a função da palavra dentro da oração.

Falamos da análise morfológica e da análise sintática de uma oração.

 

O que é análise morfológica?

Já aprendemos que a Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence.

  • Estas são as classificações que as palavras recebem sozinhas, fora das frases/orações.  Quando analisamos/classificamos separadamente estas palavras é que temos a sua análise morfológica.

Observem a oração abaixo :

 

  • Os meninos da rua treze estavam atônitos com a beleza da nova moradora.

 

 

Análise morfológica:  

Os  – artigo

meninos – substantivo

da – preposição

rua- substantivo

treze– numeral

estavam – verbo

atônitos–adjetivo

com – preposição

a– artigo

beleza-substantivo

da– preposição

nova – adjetivo

moradora – substantivo

Fica a dica :  Sempre que lhe for proposto a análise morfológica de uma oração, pense nas palavras sozinhas, analisadas uma a uma, como se fosse a única.  E lembre-se das famosas 10(dez) classes gramaticais

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