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Nova Ortografia – Guia Prático Completo e Descomplicado

Nova Ortografia – Guia Prático Completo e Descomplicado

A nova ortografia já está em vigor oficialmente desde 2009 e vem sendo muito cobrada em provas de concursos pois muitos candidatos ainda encontram muitas dúvidas sobre as novas regras da língua portuguesa.

Confira nesse Guia Completo tudo sobre a nova ortografia!

Nesse guia você vai aprender:

  • – O que é a reforma ortográfica
  • – O que mudou com a nova ortografia
  • – Relembrando as regras gerais
    • – Palavras monossílabas tônicas
    • – Palavras paroxítonas
    • – Palavras oxítonas
    • – Palavras proparoxítonas
  • – Novas regras
    • – Acentuação
    • – Hífen
    • – Trema
    • – Alfabeto
  • – Testes para fixação

Confira:

 

Nova Ortografia

Versão texto na íntegra: 

 

Qual a finalidade da nova ortografia?

A Nova Reforma Ortográfica da Língua portuguesa, como todas as outras que já aconteceram, tem como objetivo uniformizar a grafia, fazendo a maior aproximação possível, respeitando as diferenças já interiorizadas e permitindo que a modalidade escrita da língua seja compreensível a todos os falantes dessa língua.

Este acordo é o resultado do estudo das diferenças entre os acordos de 1943, no Brasil, e de 1945, em Portugal. Entrou em vigor no Brasil em 2009, com um período de adaptação até 2012.

Qual o último acordo ortográfico da língua portuguesa?

O último acordo ortográfico entre países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa foi assinado em 16 de dezembro de 1990. Este acordo estabeleceu uma grafia única para a Língua Portuguesa que, até então, era a única língua que apresentava duas grafias oficiais: a portuguesa e a brasileira.

O que mudou com a nova ortografia para os brasileiros?

O novo acordo traz algumas mudanças que exigem que aprendamos novas regras; que sejam adaptados documentos e publicações. Dúvidas em relação a forma como escrevíamos antes e como escreveremos agora também surgirão, mas teremos uma maior facilidade já que algumas regras foram simplificadas.

 

VAMOS AS REGRAS

REGRAS GERAIS:

Na regra geral não houve alterações, as regras continuam as mesmas com pequenas observações.

– Para uma melhor assimilação das novas regras de acentuação, é necessário saber que, em língua portuguesa, uma palavra é classificada de acordo com o número de sílabas em: monossílaba (uma só sílaba), dissílaba (duas sílabas), trissílaba (três sílabas), polissílaba (quatro ou mais sílabas). Também pode ser classificada de acordo com a posição da sílaba tônica (silaba pronunciada com maior intensidade) em: oxítona (sílaba tônica é a última sílaba da palavra); paroxítona (a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra); e proparoxítona (sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra.

– Saiba também que: ditongo é o encontro de duas vogais na mesma sílaba.

– Ditongo fechado é pronunciado com a boca mais fechada (cadeira, bois) e ditongo aberto é pronunciado com a boca mais aberta (papéis, herói, colmeia, ideia).

– Hiato é o encontro de dois sons vocálicos, cada um em uma sílaba (ca-o-lho, Ra-ul, sa-í-da)

– Preste atenção : Acentue as paroxítonas sem memorizar! Aplique invertidamente  a regra das oxítonas!

Veja a regra :  Oxítona – Terminada em –n não tem acento; então, Paroxítona terminada em –n precisa ter: hífen, pólen, éden, próton, nêutron, íon.

Oxítona terminada em –a(s) é acentuada; então, paroxítona terminada em a(s) não é acentuada.

Observação: O critério da inversão (oxítona             paroxítona ) só não é válido para as paroxítonas terminadas em –am (falam) e para as terminadas em ditongo (+ s) (farmácia).

 

Palavras monossílabas tônicas:

Dependem da intensidade com que são pronunciadas, átonas (sílaba pronunciada mais fraca) ou tônicas (sílaba pronunciada mais forte). Não houve nenhuma alteração na acentuação gráfica das monossílabas tônicas.

Regra Geral: Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em: a (s), e (s), o (s).

Ex.: chá, fé, rés, dó, gás, lê-lo, nós, pô-lo.

Obs.: As monossílabas átonas nunca são acentuadas.

Ex.: vi, bis, li-os, tu, cru, nus.

Observe: – palavras monossílabas terminadas em i (s) e u (s) não recebem acento.

Ex.: si, quis, bis, cru, pus.

– Os ditongos fechados ei (s), eu (s) e oi (s), em monossílabos não são acentuados.

Ex.: sei, reis, deu, meus, foi, bois.

 

Palavras oxítonas:

Não houve nenhuma alteração na acentuação das palavras oxítonas.

Regra Geral: Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em: a (s), e (s), o (s), em/ens.

Ex.:  Sabará, ananás, Guaporé, convés, bisavô, retrós, Belém, armazéns, parabéns, voltará, busca-pés, robô, manténs.

Observe:  oxítonas terminadas em i (s) e u (s) não recebem acento:

Ex.: tupi, lambari, abacaxis, Pacaembu, urubus.

 

Palavras paroxítonas:

Sofreu algumas alterações que aparecerão nas regras complementares.

Regra Geral: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: l, n, r, ã (s), i (s), u (s), x, ão (s), um/uns, ditongos orais (+ s).

Ex.: Louvável, lavável, câncer, ônix, vácuo, pôneis, águas, bíceps, falência, cônsul, júri, tênis, hífen, tênis, nêutron, húmus, bônus, repórter, Vítor, tórax, fórceps, sótão, bênçãos, órfã, ímãs, álbum, fóruns, farmácia, frágeis, área, tréguas, comício, cáries.

Observe:  paroxítonas terminadas em –n antecedido de e (hífen, pólen, éden) não recebem acento no plural (hifens, polens, edens), mas paroxítonas terminada em –n antecedido de o (próton, nêutron, íon), recebem acento no plural (prótons, nêutrons, íons).

 

Palavras proparoxítonas:

Não houve alteração na regra das palavras proparoxítonas.

Regra Geral:  acentuam-se todas as palavras proparoxítonas independentemente de suas terminações.

Ex.: Transatlântico, técnico, quadrúpede, câmara, tílburi, interim, relêssemos, lógico, autêntico, cibernético, desânimo, pirâmide.

 

AS REGRAS DA NOVA ORTOGRAFIA

Abaixo colocamos as novas regras, seguidas de um exemplo (como era antes) e um exemplo (como ficou) onde houve alterações. A reforma se deu na acentuação, nas palavras paroxítonas, no uso do hífen (-), no uso do trema (¨) e no alfabeto.

 

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

 

REGRAS COMPLEMENTARES:

Nas regras complementares estão as modificações ocorridas em algumas palavras da Língua Portuguesa:

 

Acentuação dos ditongos abertos éi, ói, éu

Dependendo da palavra em que ocorrem, podem ser ou não acentuados.

Regra complementar: Os ditongos abertos éi, ói e éu. São acentuados em monossílabos e em oxítonas.

Não são acentuados em paroxítonas.

Ex.: monossílabos – Ex.: méis, réis, dói, róis, céu, véus.  (Não houve alteração)

Oxítonas – Ex.: anéis, cordéis, corrói, lençóis, chapéus, escarcéu. (Não houve alteração)

Paroxítonas – Ex.: (antes) idéia, platéia, heróico, jibóia.

(como ficou) ideia, plateia, heroico, jiboia.

Observe:  O Acordo Ortográfico de 1990 eliminou o acento dos ditongos abertos ei e oi somente das palavras paroxítonas.

 

Verbos ter e vir

Regra complementar: acentua-se o e das formas verbais têm e vêm, indicativas de plural.

Ex.:  Ele tem (singular) / Eles têm (plural)

Ele vem (singular) / Eles vêm (plural)

 

Observe: Nos derivados de ter (manter, conter,

deter, etc.) e de vir (intervir, convir, provir etc.):

– A terceira (3ª) pessoa do singular passa a receber assunto agudo- pela regra das oxítonas terminadas em em.

– A terceira (3ª) pessoa do plural preserva o acento circunflexo das formas originais têm e vêm.

Ex.: Ele mantém – Eles mantêm

Ele contém – Eles contêm

Ele detém – Eles detêm

Ele intervém – Eles intervêm

Ele convém – Eles convêm

Ele provém – Eles provêm

 

Regra do hiato:

Foi abolida pelo novo acordo ortográfico.

Antes: Todas as palavras terminadas em OO (s)  e as formas verbais terminadas em EEM recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, lêem, vêem, relêem, prevêem.

como ficou: Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem.

Escreva agora :

Ex.: Eu te perdoo, disse ele.

Não muda:

I e u na segunda vogal do hiato

 

Regra complementar:  nos hiatos, o i e o u são acentuados desde que:

. Representem a 2ª vogal do hiato.

. Apareçam sozinhos (ou seguidos de s) na  sílaba tônica.

. Não estejam seguidos de nh.

Ex.: i e u sozinhas: raízes, Itajaí, miúdos, Tambaú

I e u com s: país, egoísta, balaústre, jaús

I e u seguidos de nh: sainha, campainha, rainha, ladainha.

 

Observe:

Se o i e o u aparecem depois do ditongo:

– Em palavras paroxítonas, não são acentuadas.

Ex.: (antes) boiúna , feiúra, baiúca, feiúra

(como ficou) boiuna, feiura, baiuca, feiume.

 

Nas palavras em que i ou o u se repetem no hiato, essas vogais não recebem acento.

Ex.: xiita, sucuuba (árvore).

Escreva : O miliciano xiita Abu Azrael, cujo nome significa “Pai do Anjo da Morte”, se converteu para milhares de iraquianos no herói sem medo que simboliza o combate ao grupo Estado Islâmico .

 

Acento diferencial

 

Esse acento foi eliminado de quase todos os vocábulos e, atualmente, é empregado para diferencia pouquíssimas palavras.

Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla (s) /pela (s), pêlo (s) /pelo (s), pólo (s) /polo (s) e pêra/pera.

Ex.: (antes) – Ele pára o carro.

(como ficou) – Ele para o carro.

(antes) – Ele foi ao pólo Norte.

(como ficou ) – Ele foi ao polo Norte.

(antes) – Comi uma pêra.

(como ficou) – Comi uma pera.

 

Acento diferencial obrigatório: recebem acento diferencial obrigatório somente as palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder).

Escreva sempre :

Ex.:  Ela não pretende pôr o dinheiro na poupança. (forma verbal – “colocar”)

Hoje, passamos por lugares bonitos. (preposição)

 

Acento diferencial opcional: o acento diferencial é opcional somente nas palavras dêmos/demos (1ª pessoa do verbo dar do presente do subjuntivo) e fôrma/forma (=recipiente/molde).

Podemos escrever :

Ex.: Você exige que nós dêmos apoio a você.

(ou)     Você exige que nós demos apoio a você.

 

O cozinheiro tirou o bolo da fôrma

(ou)     O cozinheiro tirou o bolo da forma.

 

Emprego do trema (¨)

O trema desaparece em todas as palavras.

Ex.: (antes) – frequente, linguiça, sequestro.

(como ficou) – frequente, linguiça, sequestro.

Escrevemos agora :

Ex.: Estou tranquilo para fazer a prova.

 

Emprego do hífen (-):

O hífen, pelo novo Acordo ortográfico, foi eliminado em alguns casos:

1-Se o segundo elemento começar com s ou r, devendo as consoantes serem duplicadas:

Ex.: (antes) –  anti-semita, anti-religioso,

contra-regra.

(como ficou) –  antissemita, antirreligioso, contrarregra.

Escreva agora: CARTUNISTA FOI DEMITIDO DE

CHARLIE POR PIADA ‘ANTISSEMITA’

 

Observe:  em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

 

2-Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente:

Ex.: (antes) – extra-escolar, aero-espacial,

auto- estrada.

(como ficou) – extraescolar, aeroespacial, autoestrada.

 

Observe 1:  em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

Observe 2:  – esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.

-Esta regra não se encaixa quando a palavra

seguinte iniciar por ‘h’: anti-herói, anti-

-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

 

O ALFABETO

Nosso alfabeto, antes com 23 letras, passa agora a ter 26 letras, pois as letras “k”, “w”, “y”, foram inseridas.  Antes, essas três letras não eram consideradas do nosso alfabeto. Observe:  Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano.

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Morfologia – Guia Prático Completo Para Concursos!

Morfologia – Guia Prático Completo Para Concursos!

O Que É Morfologia?

Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se refere à dez classes, que são: substantivos, artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios e numerais.

 

Classes Gramaticais ou Classes de Palavras

Uma Classe Gramatical ou Classe de Palavra é o nome dado ao grupo que classifica uma palavra de acordo com sua estrutura sintática e morfológica. Veja quais são:

 

SUBSTANTIVOS

É a palavra que dá nome aos objetos, aos lugares, às ações, aos seres em geral, entre outros e varia em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).

Quanto à formação, o substantivo pode ser:

Primitivo – é o nome que não deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casa, pedra e jornal.

Derivado – é o nome que deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casarão, pedreira e jornaleiro (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente).

Simples – é o nome formado por apenas um radical. Radical é o elemento que é a base do significado das palavras. Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais são respetivamente: cas, flor e gir.

Composto – é o nome formado por mais do que um radical. Exemplos: couve-flor, girassol e passatempo, cujos radicais são respetivamente: couv e flor, gir e sol e pass e temp.

Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo pode ser:

Comum – é a palavra que dá nome aos elementos da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cidade, pessoa e rio.

Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos de forma específica, por isso, são sempre grafados com letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê.

Concreto – é a palavra que dá nome aos elementos concretos, de existência real ou imaginária. Exemplos: casa, fada e pessoa.

Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo (conjunto de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e resma (conjunto de papéis).

Abstrato – é a palavra que dá nome a ações, estados, qualidades e sentimentos. Exemplos: trabalho, alegria, altura e amor.

 

ARTIGOS

É a palavra que antecede os substantivos e varia em gênero e número, bem como o determina (artigo definido) ou o generaliza (artigo indefinido).

São artigos definidos: o, a (no singular) e os, as (no plural)

São artigos indefinidos: um, uma (no singular) e uns, umas (no plural)

 

ADJETIVOS

É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos e varia em gênero, número e grau.

Quanto à formação, o adjetivo pode ser:

Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.

Derivado – é o adjetivo que deriva de substantivos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e escritor (palavra derivada do verbo escrever).

Simples – é o adjetivo formado por apenas um radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos radicais são respetivamente: alt, estud e honest.

Composto – é o adjetivo formado por mais do que um radical. Exemplos: superinteressante, surdo-mudo e verde-claro, cujos radicais são respetivamente: super e interessant, surd e mud e verd e clar.

Há também os Adjetivos Pátrios, que caracterizam os substantivos de acordo com o seu local de origem e as Locuções Adjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de adjetivo.

Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca e sergipano.

Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angelical), de mãe (=maternal) e de face (=facial).

 

NUMERAL

É a palavra que indica a posição ou o número de elementos.

Os numerais classificam-se em:

Cardinais – é a forma básica dos números, utilizada na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte.

Ordinais – é a forma dos números que indica a posição de um elemento numa série. Exemplos: segundo, quarto e trigésimo.

Fracionários – é a forma dos números que indica a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e um terço.

Coletivos – é a forma dos números que indica um conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjunto de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (conjunto de cem).

Multiplicativos – é a forma dos números que indica multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo.

 

PRONOME

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso e varia em gênero, número e pessoa.

Os pronomes classificam-se em:

Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da oração): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo (quando são complemento da oração): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.

Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e Vossa Excelência.

Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e respetivas flexões.

Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas flexões, isto, isso, aquilo.

Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e respetivas flexões, quem, que, onde.

Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

Interrogativos – qual, quais, quanto, quanta, quantas, quem, que.

 

VERBO

É a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).

Exemplos:

  • O time adversário marcou gol. (ação)
  • Estou tão feliz hoje! (estado)
  • De repente ficou triste (mudança de estado)
  • Trovejava sem parar. (fenômeno da natureza)

 

ADVÉRBIO

É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros.

Os advérbios classificam-se em:

Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte das palavras terminadas em “-mente”.

Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão.

Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora.

Tempo – Exemplos: ainda, já e sempre.

Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco.

Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim.

Dúvida – acaso, quiçá e talvez.

 

PREPOSIÇÃO

É a palavra que liga dois elementos da oração.

As preposições classificam-se em:

Essenciais – têm somente função de preposição. Exemplos: a, desde e para.

Acidentais – não têm propriamente a função de preposição, mas podem funcionar como tal. Exemplos: como, durante e exceto.

Há também as Locuções Prepositivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de preposição. Exemplos: apesar de, em vez de e junto de.

 

CONJUNÇÃO

É a palavra que liga duas orações.

As conjunções classificam-se em:

COORDENATIVAS: Aditivas (e, nem), Adversativas (contudo, mas),Alternativas (ou…ou, seja…seja), Conclusivas (logo, portanto) e Explicativas(assim, porquanto).

SUBORDINATIVAS: Integrantes (que, se), Causais (porque, como), Comparativas (que, como), Concessivas (embora, posto que), Condicionais (caso, salvo se), Conformativas (como, segundo), Consecutivas (que, de maneira que), Temporais (antes que, logo que), Finais (a fim de que, para que) eProporcionais (ao passo que, quanto mais).

Há também as Locuções Conjuntivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: contanto que, logo que e visto que.

 

INTERJEIÇÃO

É a palavra que exprime emoções e sentimentos.

As interjeições podem ser classificadas em:

Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido!
Saudação – Alô!, Oi!, Tchau!
Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro!
Afugentamento – Fora!, Sai! Xô!
Alegria – Eba!, Uhu! Viva!
Tristeza – Oh!, Que pena!, Ui!
Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus!
Alívio – Arre!, Uf!, Ufa!
Animação – Coragem!, Força!, Vamos!
Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso!
Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!,
Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo!
Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara!
Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão!
Dúvida – Hã?, Hum?, Ué!
Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!,
Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria!

Há também as Locuções Interjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui!

 

 

A ANÁLISE MORFOLÓGICA

As palavras da língua portuguesa podem ser analisadas/classificadas de duas formas :

  • Separadamente, palavra por palavra, mesmo fazendo parte de uma oração.
  • De acordo com a função da palavra dentro da oração.

Falamos da análise morfológica e da análise sintática de uma oração.

 

O que é análise morfológica?

Já aprendemos que a Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence.

  • Estas são as classificações que as palavras recebem sozinhas, fora das frases/orações.  Quando analisamos/classificamos separadamente estas palavras é que temos a sua análise morfológica.

Observem a oração abaixo :

 

  • Os meninos da rua treze estavam atônitos com a beleza da nova moradora.

 

 

Análise morfológica:  

Os  – artigo

meninos – substantivo

da – preposição

rua- substantivo

treze– numeral

estavam – verbo

atônitos–adjetivo

com – preposição

a– artigo

beleza-substantivo

da– preposição

nova – adjetivo

moradora – substantivo

Fica a dica :  Sempre que lhe for proposto a análise morfológica de uma oração, pense nas palavras sozinhas, analisadas uma a uma, como se fosse a única.  E lembre-se das famosas 10(dez) classes gramaticais

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