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Dica Grátis: Diferença Entre “MAU” e “MAL” – Não Erre Mais!

Dica Grátis: Diferença Entre “MAU” e “MAL” – Não Erre Mais!

MAU

É um adjetivo (Regra: é usado como contrário de bom.)

Exemplos:
– Eduardo é um mau garoto.
– Ela está sempre de mau humor.

MAL

Pode ser:
– advérbio de modo (Regra: é usado como contrário de bem.)
– substantivo (Regra: é usado com sentido de doença, tristeza, desgraça, tragédia.)
– conjunção temporal (Regra: é usado com o sentido de quando.)

Exemplos:
– Ele dirige muito mal. (adv)
– Ela cantava mal. (adv.)
– Mal cheguei em casa, o telefone tocou (conj.)
– Mal me viu, começou a falar sobre o fato. (conj.)
– Seu mal não tem cura. (subst.)
– Deve-se evitar o mal. (subst.)

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Dicas Grátis sobre Crase (Regras) – Língua Portuguesa

Dicas Grátis sobre Crase (Regras) – Língua Portuguesa

Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe:

Obedecemos ao regulamento.

( a + o )

Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas:

Obedecemos à norma.

( a + a )

Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )

Regra Geral:

Haverá crase sempre que:

I. o termo antecedente exija a preposição a;

II. o termo consequente aceite o artigo a.

Fui à cidade.

( a + a = preposição + artigo )

( substantivo feminino )

Conheço a cidade.

( verbo transitivo direto – não exige preposição )

( artigo )

( substantivo feminino )

Vou a Brasília.

( verbo que exige preposição a )

( preposição )

( palavra que não aceita artigo )

Observação:

Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:

I. se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo

II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.

Ex: Vim da Bahia. (aceita)

Vim de Brasília (não aceita)

Vim da Itália. (aceita)

Vim de Roma. (não aceita)

Nunca ocorre crase:

1) Antes de masculino.

Caminhava a passo lento.

(preposição)

2) Antes de verbo.

Estou disposto a falar.

(preposição)

3) Antes de pronomes em geral.

Eu me referi a esta menina.

(preposição e pronome demonstrativo)

Eu falei a ela.

(preposição e pronome pessoal)

4) Antes de pronomes de tratamento.

Dirijo-me a Vossa Senhoria.

(preposição)

Observações:

1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, senhorita e dona.

Dirijo-me à senhora.

2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria…

Eu me referi à mesma pessoa.

5) Com as expressões formadas de palavras repetidas.

Venceu de ponta a ponta.

(preposição)

Observação:

É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição:

Caminhavam passo a passo.

(preposição)

No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte: Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre.

6) Antes dos nomes de cidade.

Cheguei a Curitiba.

(preposição)

Observação:

Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.

Cheguei à Curitiba dos pinheirais.

(adjunto adnominal)

7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.

Falei a pessoas estranhas.

(preposição)

Observação:

Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.

Falei às pessoas estranhas.

(a + as = preposição + artigo)

Sempre ocorre crase:

1) Na indicação pontual do número de horas.

Às duas horas chegamos.

(a + as)

Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expressão masculina correlata.

Ao meio-dia chegamos.

(a + o)

2) Com a expressão à moda de e à maneira de.

A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita.

Escreve à (moda de) Alencar.

3) Nas expressões adverbiais femininas.

Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de lugar, de modo…

Chegaram à noite.

(expressão adverbial feminina de tempo)

Caminhava às pressas.

(expressão adverbial feminina de modo)

Ando à procura de meus livros.

(expressão adverbial feminina de fim)

Observações:

No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase em tais ocasiões.

4) Uso facultativo da crase

Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a crase.

Ex: Falei à Maria.

(preposição + artigo)

Falei à sua classe.

(preposição + artigo)

Falei a Maria.

(preposição sem artigo)

Falei a sua classe.

(preposição sem artigo)

Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.

Casos especiais:

1) Crase antes de casa.

A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase.

Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:

Volte a casa cedo.

(preposição sem artigo)

Volte à casa dos seus pais.

(preposição sem artigo)

(adjunto adnominal)

2) Crase antes de terra.

A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier determinada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex:

Já chegaram a terra.

(preposição sem artigo)

Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:

Já chegaram à terra dos antepassados.

(preposição + artigo)

(adjunto adnominal)

3) Crase antes dos pronomes relativos.

Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex:

Achei a pessoa a quem procuravas.

Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.

Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, aos quais. Ex:

Esta é a festa à qual me referi.

Este é o filme ao qual me referi.

Estas são as festas às quais me referi.

Estes são os filmes aos quais me referi.

4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.

Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Ex:

Falei àquele amigo.

Dirijo-me àquela cidade.

Aspiro a isto e àquilo.

Fez referência àquelas situações.

5) Crase depois da preposição até.

Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a). Ex:

Chegou até à muralha.

(locução prepositiva = até a)

(artigo = a)

Chegou até a muralha.

(preposição sozinha = até)

(artigo = a)

6) Crase antes do que.

Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me referi.

Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo a (equivalente a aquela).

Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício:

I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;

Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu.

( a + o )

Houve uma sugestão anterior à que você deu.

( a + a )

II. se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá crase.

Ex: Não gostei do filme a que você se referia.

(ocorreu a que, não tem artigo)

Não gostei da peça a que você se referia.

(ocorreu a que, não tem artigo)

Observação:

O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes do que, pode ocorrer antes do de. Ex:

Meu palpite é igual ao de todos.

(a + o = preposição + pronome demonstrativo)

Minha opinião é igual à de todos.

(a + a = preposição + pronome demonstrativo)

7) há / a

Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com a grafia do há (verbo haver).

Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões:

a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);

há (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex:

Daqui a pouco terminaremos a aula.

Há pouco recebi o seu recado.

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Figuras de linguagem que mais caem em concursos

Figuras de linguagem que mais caem em concursos

As figuras de linguagem são usadas para exprimir de formas e objetivos diferentes os pensamentos da pessoa que escreve, a fim de comover,surpreender, fazer o leitor rir ou refletir sobre algo.

Veja quais são as figuras de linguagem mais usadas em provas de concursos públicos:

a) Antítese: uso aproximado de termos opostos.
Exemplo: Mesmo que você não acredite, o céu é um lugar melhor do que o inferno!

b) Elipse: omissão de uma palavra que, apesar de não exposta, pode ser identificada por quem lê.
Exemplo: Ele estava de casaco de frio; ela, de casaco de pele! (omissão doverbo “estava” em “Ela estava de casaco de pele”.

c) Eufemismo: usada para atenuar algo grave de ser dito.
Exemplo: Ele passou dessa para uma melhor! (para não dizer morreu ou faleceu)

d) Hipérbole: expressão de exagero usada para dar ênfase em alguma informação.
Exemplo: Fui à sua casa milhões de vezes, mas você nunca está lá!

e) Ironia: expressão usada para dar idéia contrária ao que se pensa.
Exemplo: Sim, você é realmente muito valente, enfrentou vários soldados com sua espada de bambu e seu escudo de madeira usada em fabricação de borracha.

f) Metáfora: relação entre duas palavras, na qual uma substitui a outra e forma sig ounificações semelhantes.
Exemplo: Você é um sol radiante em minha vida!

g) Personificação ou prosopopéia: acontece quando animais ou seres inanimados recebem atribuições humanas.
Exemplo: A xícara falou para o bule: o que aconteceu, por que este bico deste tamanho?

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Mudanças no ECA garantem mais proteção a vítimas de violência

Mudanças no ECA garantem mais proteção a vítimas de violência

Nesta quinta-feira (13), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 27 anos. Criada em 1990, a lei representa um avanço na promoção e na defesa dos direitos das crianças e jovens no Brasil. Desde que foi sancionado, o texto passou por alterações para se tornar mais eficiente.

“O ECA não estacionou. Nesse período, conseguimos fazer muitos aprimoramentos importantes no Estatuto, que ainda é uma legislação avançada e eficiente, mas que até hoje não é totalmente implementada”, avalia a secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudia Vidigal.

Em maio, o presidente da República, Michel Temer, sancionou duas leis que alteram a redação do ECA, para regulamentar e tornar mais rígidas a investigação e a punição de crimes contra a dignidade sexual da criança e do adolescente.

A Lei nº 13.440 estipula perda obrigatória de bens e valores para aqueles envolvidos em crimes de exploração sexual e prostituição. A pena também inclui reclusão de quatro a dez anos e multa. Já a Lei 13.441, que também altera o ECA, regulamenta a infiltração de agentes de polícia na internet, com o fim de investigar crimes contra a dignidade sexual.

De acordo com a lei, esse tipo de investigação necessita de autorização judicial e não pode exceder o prazo de 90 dias. Renovações podem ocorrer, desde que não ultrapassem 720 dias e tenham necessidade comprovada. Além disso, a infiltração não é admitida se as provas puderem ser obtidas por outros meios.

Direitos da vítima

Em abril deste ano, o presidente Michel Temer sancionou, também, a Lei nº 13. 431, que também altera o ECA para estabelecer um sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência. O projeto cria o depoimento especial, que assegura à criança e ao adolescente vítimas de violência o direito de serem ouvidos em local apropriado e acolhedor, com infraestrutura e espaços físicos que garantam privacidade e impedem o contato com o acusado.

A nova legislação descreve diferentes formas de violência, como física, psicológica, sexual e institucional; define como serão feitos o atendimento e o encaminhamento das denúncias; e detalha os procedimentos de escuta especializada e de depoimentos de crianças e adolescentes, durante as investigações.

Adoção sem burocracia

O Ministério da Justiça, Cidadania e Segurança Pública lançou, no ano passado, uma consulta pública que reuniu sugestões da sociedade civil para agilizar processos de adoção. O resultado da consulta altera o ECA para regulamentar prazos para adoção, regras para a entrega voluntária e adoção internacional, assim como o direito à convivência familiar. O Projeto de Lei 5850/2016 já está pronto para ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados.

O projeto de lei propõe, entre outros, estabilidade de emprego ao adotante por cinco meses depois da concessão da guarda, licença-maternidade para quem adota, independentemente da idade da criança. Outra sugestão é que o estágio de convivência antes da adoção deve ser de três a seis meses. Já para a conclusão de todo o processo de adoção, o prazo pode chegar até oito meses. No caso da adoção internacional, ainda não há prazos previstos para a conclusão do processo.

Contudo, as crianças que ficarem mais de um ano no cadastro nacional sem serem adotadas ficarão disponíveis para os pretendentes a pais que vivem no exterior. Quanto ao apadrinhamento afetivo, as novas regras preveem que os padrinhos devem ter no mínimo 18 anos e sejam pelo menos 10 anos mais velhos do que o afilhado.

Outras mudanças

Outras modificações importantes do ECA, de acordo com Cláudia Vidigal, são a Lei Menino Bernardo, que estabeleceu o direito da criança e do adolescente de serem educados sem o uso de castigos físicos; o Marco Legal da Primeira Infância; a Lei da Escuta Especializada e do Depoimento Especial da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência; e a lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

“Estamos bem em legislação e com dificuldades em implementar políticas públicas sobretudo para as duas pontas: primeira infância e adolescentes”, afirmou Cláudia Vidigal.

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A eterna competição entre o Lazer e o Estudo Concursos Públicos

A eterna competição entre o Lazer e o Estudo Concursos Públicos

 

Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.

Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de quem quer vencer na vida são:

  • medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança),
  • falta de tempo e
  • “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.

E então, você já teve estes problemas?

Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?

 

É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia.

O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:

1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;

2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;

3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que podem ser aprendidos.

O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas).

Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão aumentar seu desempenho.

Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta um pouco de disciplina e organização.

O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.

Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o seu rendimento final no estudo aumenta.

Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem seu tempo definido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.

Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em tudo que fazemos.

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Águia ou Galinha… Que tipo de concurseiro é você?

Águia ou Galinha… Que tipo de concurseiro é você?

Dois grandes teólogos escreveram livros com o tema a águia e a galinha, cada qual com lições distintas e muito interessantes: Frei Leonardo Boff (Ed. Vozes) e o pastor Jorge Linhares (Ed. Getsêmani). Vou me valer de textos do segundo (LINHARES, Jorge. Águia ou Galinha? 27ª Ed. Belo Horizonte: Editora Getsêmani, Ltda. 2005. pp. 38-52), e em seguida comparar suas lições com o concurso público, convidando o leitor a descobrir-se “águia” ou “galinha”…

“Galinha é caça. Águia é caçadora.” Você olha a matéria, os livros, as provas como alguém que vai lhe destruir… ou como algo que você vai caçar e vencer? “Galinha tem olhos laterais. A águia, não. Seus olhos são frontais.” Animais que caçam (ao invés de serem caçados) olham para frente, para focar o que desejam.

Concursandos que ficam olhando demais para os lados, para os prazeres excessivos, para os problemas… não focam. Águias e galinhas nascem com os olhos “prontos”… mas você pode escolher para que lado vai olhar: para o objetivo ou para os problemas, para o que traz resultados ou para o que atrapalha os resultados pretendidos.

“Galinha só enxerga de dia. Quando o sol se põe, vai para o galinheiro ou poleiro, condenada a virar canja de raposa, cachorro ou gambá. A águia enxerga tanto de dia quanto de noite.” E você, estuda de noite? Vira madrugadas? “Águia é vigorosa; galinha, frágil.” Para cuidar da vida atual, para se organizar e AINDA CONSEGUIR estudar, fazer cursos, simulados etc. é preciso vigor e disposição.

“Galinha é medrosa. Águia é destemida, corajosa.” Estamos voltando à questão de ser caça ou caçador,, mas também ao fato de que um bom concursando não deve temer a quantidade de matéria, nem a relação candidato-vaga, nem coisa alguma que esteja entre sua situação atual e a situação pretendida.

“Quando adoece, a galinha fica de asas caídas, jururu, dependente de socorro. Ninguém jamais viu uma águia doente. Quando debilitada, reúne todas as forças que tem para refugiar-se no alto. Não fica por aí à espera de piedade. Autocomiseração não combina bem com a águia.” E você, amigo, está esperando piedade alheia ou prefere reunir suas forçar para ir em busca do sonho?

“Galinha se alimenta de milho e restos. A águia, do alto, seleciona a presa, e desce como uma flecha sobre ela.” Aqui vale o cuidado com a qualidade dos cursos que faz e dos livros ou apostilas que lê. Não se “alimente” de coisa ruim, pois faz mal! Isto também vale para suas conversas e companhias, para os programas de TV que assiste e tudo o mais que influencie sua mente e sua preparação. O lazer é essencial, mas um bom lazer.

Se você se negar a ter uma visão e um comportamento limitados como os de uma galinha, pode ter certeza que terá o melhor desta terra. Mas ainda há mais: “O ninho de galinha é feito de pena e capim. Da águia também. Mas sob o capim e as penas, retiradas do próprio peito, a águia coloca uma camada de espinhos.”

Às vezes é preciso ter, ou ao menos se lembrar, dos “espinhos” para que não nos acomodemos e para que levantemos vôo. São os espinhos da vida, as necessidades, as contas, que algumas vezes nos impulsionam para a vitória. Não é raro ver pessoas com tudo a favor não passarem… talvez por falta de espinhos no ninho, e pessoas com “espinhos” conseguirem passar nos concursos. Não sei se os espinhos são as contas, doença, separação ou o que for, mas espinhos não são limitadores para as águias.

A galinha aceita ficar presa, a águia não. Algumas pessoas aceitam uma situação de “prisão”, limitadora, enquanto outras ousam melhorar de vida. A galinha faz seu ninho ao nível do chão, sem pensar alto, coisa que uma águia não imagina. Ela voa, pensa e aninhase no alto, que é para onde se dirige sempre.

Enquanto há várias espécies de galinha, temos na águia uma espécie rara. Concursandos organizados, estudiosos e que fazem o que é o certo, são raros… e são os que passam, mais cedo ou mais tarde.

A diferença não é o que acontece com a águia ou com a galinha, mas como essas duas aves reagem ao que acontece com elas, como elas encaram sua existência e como lidam com ninhos, espinhos, alimentação, desafios etc. Por isso elas são tão diferentes. O livro de Obadias, na Bíblia, diz “Se te remontares como a águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas…” (Capítulo 1, verso 4.).

Este é o desafio: não importa como você foi até hoje, mas sim que se “remonte” como águia, que é o que você já é ou pode vir a ser. Para ser um concurseiro-águia, basta pensar e agir como um, pois “somos o que pensamos e fazemos”.

Ponha seu “ninho” entre as estrelas: você merece.